segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Caminhos da Educação

O investimento publico em Educação chegou a 5% do PIB e é o maior registrado na história da país. Segundo palavras do próprio ministro, Fernado Haddad: “Estamos ficando alinhados com o que ocorre nos países desenvolvidos”. Haddad se refere ao padrão de investimentos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que gira em torno de 6%.

Com investimentos dessa amplitude, a questão que ocorre é instantânea: Por que não conseguimos melhores resultados ? O Brasil amarga um dos piores índices de Educação do mundo. É possível, através de investimento maciço, conseguir resultados de países como a Finlândia, onde desde de 1920 não existe analfabetos? Nessa mesmo período o Brasil tinha menos de 20% população nas escolas. Pesquisas mostram que os finlandeses compram, em média, 18 livros por ano. Entre os programas mais assistidos na TV estão documentários e noticiários. A programação estrangeira não é dublada e sim legendada, para que as línguas se tornem familiares. E o professor ainda é um dos profissionais mais reconhecidos e admirados da sociedade - como um dia foi no Brasil.

Com tanto dinheiro investido, quais são as razões para o Brasil obter resultados tão pífios. Podemos copiar modelos de sucesso – como o da Finlândia – para conseguirmos a sonhada melhora no nosso quadro Educacional?

Não podemos simplesmente copiar tais modelos e esperar que os resultados apareçam. Esses modelos foram adotados há mais de 50 anos e são adaptados ano após ano. No Brasil, a escola é a instituição que menos mudou nos últimos 50 anos. Outra questão inquietante é para onde vai tanto dinheiro, sendo que nossos professores recebem um salário indigno e nossas escolas não tem estrutura? A resposta é a mesma para a maioria das mazelas do país: Corrupção. A corrupção, como em quase todas as áreas, está tão escancarada que já nos acostumamos (O mesmo exemplo serve para a violência).

O Brasil tem dimensões continentais e diferenças sociais inimagináveis nos países desenvolvidos com grande índice de Educação.O processo de excelência em Educação é extremamente longo, políticas aplicadas no campo da Educação só mostraram resultados mensuráveis após muitos anos de trabalho. Como em nosso país a sociedade não debate e muito menos cobra resultados, a corrupção acabou se tornando o destino dos investimentos. Hoje, no Brasil, até máfia de merenda existe.

A Educação é vista hoje como moeda de troca. Estuda-se simplesmente para conseguir um diploma. A Educação não é vista como um Valor – como a Família ou a Fé – estudamos para ingressar no mercado de trabalho. Talvez esteja aí à grande diferença entre nós e os países com altos índices de Educação – lá se estuda para a vida, o conhecimento é visto como um grande “Bem” que melhora as expectativas de crescimento humano.

A questão da Educação incomoda no Brasil, simplesmente não à discutimos. Não temos profissionais gestores de educação, nas escolas os diretores, em sua maioria, são indicações políticas.

Diante de tantos problemas, como podemos melhorar nossa escola hoje, com os recursos disponíveis? Um ótimo começo seria rever a condição do professor brasileiro. Precisamos pagar salários atraentes para despertar o interesse nos melhores. A criação de um plano de carreira transparente com a meritocracia como carro-chefe é uma opção que estimularia o jovem à ingressar na carreira docente. Não podemos esquecer que o processo de Educação passa pela questão dos valores: Educação começa no lar e é passado de pai para filho, como nossa população tem hoje baixo nível de escolaridade, precisamos criar uma geração com bons níveis educacionais e a partir daí começar a obter resultados – o que torna o processo longo.

Embora os caminhos para a melhora da Educação trafeguem a questão financeira, me parece não ser o dinheiro nosso maior problema. Está na constituição que toda cidadão tem direito a Educação e, sobretudo, nós pagamos para isso. Cabe a sociedade cobrar os órgãos responsáveis Educação de qualidade, se uma criança com 8 anos (com raras exceções) não sabe ler e escrever é porque há algo de errado na escola. A participação dos pais é essencial. É preciso cobrar a diretora, os professores, todos os envolvidos no processo e não se iludir com transporte e merenda. O foco na escola deve ser o ensino. Outra questão é a burocracia, na maioria dos casos diretores despendem muito tempo com questões administrativas em detrimento das pedagógicas.

Um melhor aproveitamento do professor na sala de aula é, sem dúvida, uma medida que pode trazer resultados em curto prazo. A prescrição da tradicional tarefa de casa ainda é receita infalível no aprendizado. A cobrança de resultados dos professores também é importante. Apesar dos baixos salários, o professor é um profissional que é pago para desenvolver uma função e deve ser cobrado por isso. Esse senso-comum, que o professor é um coitado, abri um perigoso caminho para profissionais desinteressados.

A Educação é uma questão fundamental na pretensão do país de se tornar um lugar mais justo e digno e a sociedade tem papel indispensável nesse processo, sem pressão da sociedade, a Educação vai continuar sendo tratada como simples moeda de troca. Nos próximos 6 anos o Brasil vai receber grandes investimentos, é uma oportunidade para revermos os caminhos da Educação e construir um país com melhor distribuição de renda onde a população tenha acesso à Educação de qualidade.

sábado, 9 de outubro de 2010

Eleição 2010 e a falta de propostas

A polarização PT/PSDB se fez valer mais uma vez. No segundo turno teremos o embate entre tucanos e petistas, algo que vem se repetindo pelas últimas 4 eleições presidenciais, ou seja, são quase 20 anos com apenas 2 partidos no poder.

A campanha que os trouxeram até aqui se mostrou incapaz de apresentar alternativas e propostas para os próximos 4 anos. Dilma e Serra, seguindo seus gurus marketeiros, investem em questões polêmicas – o aborto parece ser a bola da vez – e as principais mazelas da população são escanteadas. O continuísmo, proposto por Dilma, destaca o desempenho favorável da economia Tupiniquim. No entanto, os erros estratégicos e o grande número de denúncias de corrupção são negligenciados, como se o atual governo fosse um exemplo de competência em todas as áreas. Sabemos que não. Serra não fica distante e se aliena em busca de votos, fazendo alianças com qualquer um que possa angariar votos à sua candidatura. O tucano, que busca repetir FHC, parece esquecer que está enfrentando uma candidata apoiada por um governo com algo em torno de 80% de aprovação. Ter uma agenda definida com propostas – contra o continuísmo – é o mínimo que se espera de um candidato de oposição. O tucano ainda não entendeu que só está no segundo turno devido à onda verde que atende pelo nome de Marina Silva, e que se realmente pretende virar o jogo nas urnas, precisa definir metas de campanha e deixar de “esconder” seu principal trunfo: o ex-presidente FHC.

Enquanto isso a imprensa brasileira grita e esperneia para quem quiser ouvir que Lula é ditador e o compara a Mussolini. O Estadão, em editorial, declarou apoio à Serra em nome da democracia e do direito de imprensa livre. O mesmo Estadão dispensou articulista por escrever coluna contando os pontos favoráveis do programa Bolsa Família. Trocando em miúdos: dependendo do lado do balcão, democracia e liberdade de imprensa são indispensáveis.

Com a campanha em pleno curso, só nos resta esperar a definição de Marina Silva – a candidata verde surge como fiel da balança. Os candidatos devem se ocupar em debater propostas de governo para o próximo mandato e deixar de lado as estratégias marketeiras que faz dessa eleição um mero concurso de popularidade.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Tête-à-Tête - Sartre e Beauvoir



A história de um casal sempre  despertou me enorme curiosidade;  a lembrança de  ter lido e ouvido inúmeras vezes sobre a relação pouco ortodoxa - Apesar de terem uma relação longa, não moravam na mesma casa e só se encontravam no período da tarde, para discutir filosofia, ler e fazer amor.
Na semana passada não resisti aos ótimos comentários de uma amiga, que elogiava muito o livro, e peguei emprestado: Tête - à - Tête , um retrato duplo do casal que influenciou - de forma decisiva - o pensamento e o comportamento do século passado: Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre.
A autora, Hawel Rowley,  é especialista na vida e obra de Simone de Beauvoir e faz desse livro uma biografia pouco usual; a obra descreve a vida do casal do ponto de vista dos seus relacionamentos.
Sartre e Beauvoir se conheceram jovens quando se preparavam para um concorrido exame de admissão para professores de Filosofia. Sartre não impressionara Simone no início e ambos mostrariam nesse exame que estavam muito além dos outros candidatos: Sartre terminou a maratona de testes em 1º lugar, seguido de Beauvoir. Tempos depois foi revelado que a banca examinadora cogitou entregar o 1º lugar para Beauvoir, dado o seu brilhantismo.
Com o crescimento do interesse intelectual,  nasceria o romance e o pacto, no qual monogamia e mentira não teriam lugar. Se esse comportamento não é aceito nos dias atuais, o que dizer no fim da década de 1930?
Simone e Jean-Paul passariam a vida inteira com esse relacionamento aberto, com muitos amantes e um acordo: relatar um para o outro suas relações, dessa forma evitariam o ciúme, que para Sartre era sinal de fraqueza humana.
Dessa forma foram testemunhas dos mais importantes acontecimentos do século XX. Sartre esteve estudando na Alemanha de Hitler e, completamente envolvido nos estudos de Heidegger, não percebeu a ameaça do regime nazista. Nesse período Simone lecionava na França. Com a invasão alemã da Polônia e o início da 2ª Guerra Mundial, Sartre foi trabalhar no sistema de meteorologia do exercito e chegou a ser prisioneiro de guerra quando a França capitulou.
Com a vitória dos Aliados e a libertação da França, Sartre alcançaria fama internacional com seus estudos filosóficos. Defensor do existencialismo, ele sentenciava “ “O Homem está condenado à liberdade”, pensamento que foi amplamente aceito e difundido na Europa pós holocausto.
A fama de Sartre acabou refletida em Beauvoir e o casal passou a circular por toda Europa e EUA com palestras concorridíssimas. Passaram pelo Brasil em 1960, na primeira fila um jovem sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, até então desconhecido, prestava muita atenção nas palavras de Sartre.
Em meio a todos esses acontecimentos, o casal nunca abdicou de seu principal hábito: ler e escrever muito, Sartre já lançara o livro de contos “O Muro” e preparava “Náusea”, Beauvoir, que sempre desejara ser escritora, já lançara “A Convidada” (uma espécie de alter ego da autora), e seu envolvimento num trio amoroso: ela, Pierre Labrouse e a enigmática Xavière, jovem que exerce forte atração no casal, e estava trabalhando em “ O Sangue dos Outros”. Obra que expressa o pensamento de Simone sobre a guerra.



A literatura e a filosofia eram mais que assuntos na vida do casal, faziam parte do trabalho diário, Sartre e Simone eram leitores assíduos dos romances policiais e corrigiam as obras um do outro. Foram muitos os livros lançados por ambos, destaque para “As Palavras” livro autobiográfico que Sartre fala de sua infância e o levou a ganhar o prêmio Nobel - ao qual  recusou por questões ligadas à política. Simone sempre escrevera muito, além de seu diário pessoal, trocava inúmeras cartas com Sartre, amantes e amigos. Seu livro “ O Segundo Sexo” causou muita polêmica na sociedade francesa e lhe rendeu fama internacional como escritora.
Sartre e Simone foram pensadores engajados. Com o surgimento da Guerra Fria, Sartre posicionou-se na esquerda, apesar de não ser comunista, defendia a URSS, e dizia que os vermelhos só queriam a paz. Visitou muitas vezes o país – ele tinha uma amante russa que trabalhava no governo, muitos suspeitavam que estivesse sendo espionado pela KGB.
Juntos foram decisivos para o lançamento e sucesso da revista “Le Temps Modernes” periódico que marcou época. Sartre ainda ajudara na fundação do jornal libertário Libértacion. Visitaram Cuba logo após a revolução de Fidel, e estavam presentes quando o fotografo Korda imortalizou a imagem de Che Guevara, em uma das fotografias mais publicadas do século. Críticos da postura francesa em relação à guerra na Argélia, estiveram próximos de serem presos, questionado o general De Gaulle, chefe do governo disse: "Não se pode prender Voltaire".
O Castor - como era conhecida Beauvoir no núcleo de amizades do casal - ministrou muitas palestras nos EUA e foi lá que conheceu um dos amantes que mais lhe marcara a vida – muito tempo após o fim do relacionamento, Algren, que também era escritor, revelaria um total descontentamento por Beauvoir tornar publica a intimidade da relação em seus livros.
Atravessaram o século influenciando o pensamento ocidental e chocando os conservadores com sua relação aberta. Já no fim da vida, Sartre publicaria um estudo de mais de 2 mil páginas sobre Gustave Flaubert, autor de Madame Bovary, e teria fôlego para escrever artigos. Beauvoir dedicara seu tempo ao Feminismo, trabalhando em campanhas pela legalização do aborto e escrevendo suas memórias.
Simone de Beauvoir morreu em Paris dia 14 de abril de 1986, aos 78 anos, e seu corpo está enterrado ao lado do companheiro de vida Jean-Paul Sartre, no célebre cemitério de Montparnasse.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Lançamento do livro: Poemas Errados (dias intranqüilos)

Não é todo dia que um amigo lança livro, especialmente se o livro for de poesia. É exatamente o que vai acontecer no próximo dia 18 de julho. André, que conheci nos tempos de Unisantanna, vai debutar nas letras, digo, estreará no mundo da literatura. André continuamente se mostrou um desassossegado, “antenado” e critico dessa sociedade insana, sempre deu sinais que se enredaria para a escrita. Não fiquei espantado quando soube que começara a escrever poesia. Como amigo, tive o prazer de ler a maioria dos poemas, gostei muito e recomendo.

Para maiores informações acesse: http://poemaserrados.blogspot.com/

Lançamento: Biblioteca de São Paulo, para o dia 18/07 (domingo) - a partir das 14:30hs.

Av. Cruzeiro do Sul, 2630 - Pq. da Juventude - Varanda do piso superior

Programação:

14:30hs - Recepção (Cocktail)

16hs - Sarau

18:30hs - Encerramento


O primeiro livro deste poeta, Poemas Errados (dias intranqüilos), nos faz transitar por diferentes temas: política, educação, amor, tempo, amizade, dor, sexo, felicidade. Se os poemas estão “errados” ou “certos” não me permito opinar. Sei que me agradam. A intranqüilidade sempre me atraiu. Nas poesias de André reconheço essa vontade de desvelar os olhos para o que nos inquieta, nos faz desesperar, buscar, como o autor diz, a felicidade p

ossível, ainda que clandestina.

Tatiana Amendola Sanches

Professora, Cientista Social

Mestre em Comunicação e Cultura


segunda-feira, 14 de junho de 2010

A magia da torcida e as Vuvuzelas

Com a Copa do Mundo em pleno curso e os olhos de todo o planeta voltados à África, muito tem se falado e escrito sobre o continente em especial sobre a África do Sul. É explicito que a questão do Apartheid não foi totalmente resolvida e que muitas feridas ainda estão abertas. Alguns assuntos parecem gerar um desconforto total. É o caso das Vuvuzelas, que conseguem tirar do espetáculo o que ele ainda consegue preservar da sua essência: A emoção do torcedor. Quem já foi ao estádio acompanhar da arquibancada uma partida de futebol sabe do que estou falando. O som que a torcida produz é algo impressionante, seus hinos e cantos somados as comemorações fazem até os marinheiros de primeira viagem se apaixonarem de imediato. Caso contrario, como explicar estádios cheios no mundo inteiro - ou pelo menos onde a população tem condições de pagar o ingresso – pela qualidade do futebol jogado? Eu creio que não. É o feitiço criado pela aglomeração de pessoas que torcem por um mesmo objetivo. Estranhos que durante 90 minutos se comportam como irmãos e se juntam para defender a “família” em uma guerra na qual suas principais armas são a energia e a voz. Das gargantas ecoam cantos e gritos, buscando inflamar o espírito daqueles que os defendem em campo.
Com a Vuvuzela, todo esse encanto se perdeu, o som dos estádios da África do Sul nos remete a uma caixa de marimbondos, o ambiente fica descaracterizado e os “guerreiros” atordoados – talvez seja essa a explicação para o futebol medíocre apresentado até agora. A torcida não existe nessa copa do mundo, não se ouve nada além do som das polêmicas Vuvuzelas. Como explicar ao Sul-africano essas questões? Os anfitriões não tem experiência com o futebol e muito menos com os torcedores de futebol. Será que eles entendem a importância de uma Copa do Mundo? Como explicar/debater essas questões sem resvalar em feridas tão complicadas como os anos de Apartheid? Soaria como preconceito proibir o uso das Vuvuzelas? Já que essa faz parte da cultura do povo anfitrião. Essas são perguntas que estão nas entrelinhas de toda cobertura jornalística da copa e que, infelizmente, não são discutidas. Nota-se o desconforto de todos ao tocar no assunto. A mídia - no geral - trata o assunto com muito cuidado. Ninguém gosta da Vuvuzela, mas declarar isso seria suicídio profissional.
O que se vê são jogos em que o som tradicional da torcida não existe. Quem perde com isso: O futebol e o próprio torcedor, que não cria a atmosfera que encanta e faz com que o futebol se pareça tanto com a vida.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Criança, A Alma do Negócio"




Documentário fala de manipulação, distorção de valores e consumismo  

O documentário "Criança, A Alma do Negócio" é um alerta sobre o quanto a manipulação por meio da publicidade pode interferir negativamente no comportamento e nos valores das crianças. Traz depoimentos de pais, filhos e entrevistas com especialistas da área. De acordo como Instituto Alana, (http://www.alana.org.br)que realiza o projeto Criança e Consumo, "este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade.




A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. 
O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes."

Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância.

O filme foi realizado em São Paulo sob direção de Estela Renner. 



Acesse: http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Biblioteca.aspx?v=8&pid=40 e assista ao documentário completo





sábado, 5 de junho de 2010

Futebol: Muito jogado e pouco estudado.

Não há dúvida de que o futebol é o esporte mais praticado no mundo e desperta enorme paixão. Esporte democrático, permite que todos participem, o jogo vem ganhando o interesse das Mulheres que, especialmente nos EUA e Europa, praticam com entusiasmo. No Brasil, o futebol é para muitos uma religião, impressiona o número de pessoas que dedicam à vida seguindo seus times. Como explicar essa idolatria mundial? São poucos os livros que tratam do assunto, se pensarmos na importância do esporte na atual sociedade, não só do ponto de vista sociológico, mas também como – cada vez mais – as cifras envolvendo contratos publicitários e transação de jogadores são astronômicas. O cinema ainda não descobriu como retratar o jogo na telona, apesar das inúmeras tentativas, é como se a beleza e o dinamismo de uma partida de futebol não permitisse interpretação, fingimento. Como ensaiar e filmar uma bela jogada e fazer com o que o espectador acredite na veracidade da cena? Sendo esse espectador um apaixonado e muitas vezes praticante do esporte. É interessante - e lamentável - como um fenômeno contemporâneo não desperte o interesse dos sociólogos e pensadores e exista pouquíssima literatura a respeito. O jornalismo o trata como simples produto de entretenimento, dando enfâse aos acontecimentos clubisticos em meio a fofocas sobre jogadores e pouco se dedica à análise mais profunda da importância do esporte na sociedade. Felizmente essa lacuna vem sendo preenchida – mesmo que timidamente – com livros de ótima qualidade. É exatamente isso que o historiador Hilário Franco Júnior faz de forma brilhante no livro “A DANÇA DOS DEUSES - Futebol, sociedade, cultura" com extensa pesquisa e texto bem amarrado, Hilário Franco Júnior leva ao limite, neste estudo, a ideia de que o futebol é muito mais que um simples jogo, é uma imitação da vida.

Leia trecho do livro:

domingo, 23 de maio de 2010

Caverna do Dragão no teatro

Assisti a peça com o meu filho e recomendo, não só para as crianças, mas também para adultos que são fans do desenho  que marcou época nos anos 80.


Um dos melhores desenhos dos anos 80 ganhou releitura no teatro, em um espetáculo infantil. A direção e o roteiro de “Caverna do Dragão – O Duelo Final” são da Gilda Vandenbrande, e a peça criou um desfecho livre dos episódios originais, já que o desenho nunca teve um fim gravado.


Sobre o desenho, pela falta de um desenho final, surgiram scripts fakes e boatos de que as crianças teriam morrido no acidente da montanha russa e o outro mundo seria na verdade um inferno, e o Mestre dos Magos algo como um demônio. Mas existe um script considerado oficial, escrito por um dos roteiristas do desenho, Michael Reaves

Elenco da peça: Atores com características dos personagens do desenho.
Caverna do Dragão – O Duelo Final
Teatro Augusta – Rua Augusta, 943, Bela Vista (3155-4141)
Sábados e domingos, às 16h – Duração de 50min – R$ 30

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A invasão dos Pixels



A década de 80 foi lembrada - até pouco tempo - como a década perdida, só que passados mais 20 anos tem muita gente com saudade das excentricidades da época. Um exemplo disso é esse ótimo vídeo.

Quem está acostumado a ver Nova York sendo invadida por alienígenas e afins vai se surpreender!

Curta-metragem de Patrick Jean, filmado na própria Nova York. Escrito e dirigido por: Patrick Jean; Diretor de fotografia: Matias Boucard.

domingo, 9 de maio de 2010

O Cinema e a Vida Real

O Cinema é, sem dúvida, um dos meios de comunicação mais interessantes e importantes do século passado e desse início de século. Usado a exaustão como veículo de propaganda política, - Hitler disseminava a doutrina nazista através de filmes, Stalin patrocinava diretores alinhados aos bolchevistas,  - o cinema também tem o papel de entreter - vide as grandes bilheterias da história do cinema e é, infelizmente, dessa forma que  tem sido usado. Mas, ele também pode nos despertar para as questões que nos desafiam há muito tempo e não conseguimos resolver. E é essa a função do documentário Ilha das Flores de 1989, portanto do século passado. Impressiona como, passados mais de 20 anos, ele se mostra atual. O diretor, Jorge Furtado, é hoje renomado cineasta e também dirige o  filme O Homem que copiava. Vale a pena conferir Ilha das Flores.

Ilha das Flores   
Gênero Documentário, Experimental
Diretor Jorge Furtado
Elenco Ciça Reckziegel
Ano 1989
Duração 13 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Brasil
Local de Produção: RS
           
Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.

Ficha Técnica

Produção Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart Fotografia Roberto Henkin, Sérgio Amon Roteiro Jorge Furtado Edição Giba Assis Brasil Direção de Arte Fiapo Barth Trilha original Geraldo Flach Narração Paulo José                
            
Prêmios

Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
Melhor Edição no Festival de Gramado 1989
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989
Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 199

sábado, 10 de abril de 2010

A história das coisas

Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.



sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tragédia no Rio

A tragédia no RJ levanta a mesma questão: Quando vamos enfrentar as questões reais, os problemas de estrutura dos grandes centros? Passada a campanha do Jornal Nacional e da grande mídia, voltamos a pensar na copa do mundo e no Carnaval, até quando? Até a próxima tragédia!







sábado, 3 de abril de 2010

Conhecimento Acadêmico

A editora da Unesp, por meio do selo Cultura Acadêmica, acaba de lançar uma coleção de livros com publicação digital. Acho que vale a pena conhecer. O download é simples e seguro:
Sobre a editora
CULTURA ACADÊMICA é o segundo selo da Fundação Editora da UNESP, cujo selo central é oEDITORA UNESP, que existe desde 1987 e tornou-se marca já consagrada com um catálogo que a caracteriza como editora universitária de destaque junto ao leitor brasileiro e ibero-americano.

O segundo selo foi criado há alguns anos para auxiliar principalmente o atendimento às múltiplas demandas editoriais da Universidade Estadual Paulista - UNESP - uma universidade multicampus e com um enorme contingente de docentes, pesquisadores e pós-graduandos. Com a ampliação do número de títulos editados pelo selo CULTURA ACADÊMICA, a Fundação Editora da UNESP abre novas oportunidades de publicação num momento em que a pesquisa acadêmica e sua divulgação são cada vez mais necessárias.

Autônomo e descentralizado em relação ao selo de origem, o CULTURA ACADÊMICA presta-se a novas experimentações, abre-se a parcerias editoriais com órgãos da direção central da UNESP assim como com suas várias unidades universitárias e cursos de pós-graduação, buscando sempre a qualidade pautada nos conselhos editorias e comissões científicas responsáveis por cada um dos volumes publicados.

Assim surgiram as publicações do selo em parceria com várias Faculdades e Institutos da UNESP e, com a abertura deste sítio virtual, inaugura-se a Coleção PROPG-DIGITAL, que publica livros em primeira edição apenas nos formatos digitais, com a possibilidade de download gratuito.

Esta coleção surge em função da tradicional parceria entre a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNESP - PROPG - e a Fundação Editora da UNESP, ambas responsáveis pelo lançamento de centenas de títulos e novos autores da Universidade em outros programas editoriais com suporte em papel. Sintonizada com as tecnologias da textualidade eletrônica e também com a transmissão gratuita de conhecimento gerado nas pesquisas da universidade pública, a Coleção PROPG-DIGITAL é também a primeira experiência da Fundação com o livro digital e será importante laboratório de novas iniciativas nesta área que conquista gradualmente seu lugar no imenso universo de possibilidades da publicação e da leitura acadêmica.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Projeto Cultural - Rua do Samba Paulista

Projeto cultural reúne milhares de pessoas no centro de São Paulo

Sábado, 14h00 centro de São Paulo, uma enorme tenda é armada no Boulevard da Avenida São João, os primeiros acordes anunciam que “Já chegou a hora o samba já vai começar...”. É assim que o Samba Autêntico (ONG que realiza pesquisa, preservação e divulgação da história do Samba com o foco na Cidade de São Paulo) e a UNEGRO (União de Negros pela Igualdade) iníciam o Projeto Rua do Samba Paulista que acontece todo último sábado de cada mês. Frequentado por aproximadamente 5000 pessoas, entre elas adultos, crianças e idosos, o projeto já transformou a Rua General Osório em um pólo da cultura afrodescendente, e desde março de 2009 está sendo realizado no Boulevard da Avenida São João. “O evento destina-se ao resgate, promoção, divulgação e preservação do Samba feito em São Paulo”, conta T-Kaçula, um dos idealizadores do projeto.

Mestre Paulo e T-Kaçula: Música e Consciência na preservação do Samba Paulista

Vários momentos marcaram o surgimento do Projeto Rua do Samba Paulista - que é um exemplo de ação cultural popular e busca a valorização do Samba, ritmo musical criado pelos escravos africanos, símbolo da tradição cultural brasileira que em 2005 foi enquadrada em uma das mais modernas categorias de patrimônio histórico: A do Patrimônio Imaterial. Reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco . Em 1999 acontecia uma reunião de músicos - uma Roda de Samba - dentro da loja de instrumentos musicais “Contemporânea” na Rua General Osório. Esse evento tinha como principais características; tocar sambas consagrados e contar a história do Samba através de pesquisa do Projeto Cultural Samba Autêntico, que em 2001 em parceria com a UNEGRO realizou uma atividade no Pátio do Colégio. O evento chamado “Samba e Cidadania para todos” reuniu e homenageou sambistas da Velha Guarda. Pessoas que sofreram na época da ditadura, momento este onde o Negro que portava qualquer instrumento que remetesse ao Samba era considerado baderneiro e desocupado. Com o grande sucesso desse evento, os sambistas começaram a refletir sobre a criação de um espaço onde poderiam homenagear os mestres da Velha Guarda e debater a importância do Samba. Após reuniões e debates acalorados, definiu-se que em um sábado especifico, no dia 30 de novembro de 2002, o espaço público da Cidade de São Paulo receberia um evento popular com caráter político e sócio-cultural, onde o Samba seria a estrela maior e as pessoas que contribuíram e lutaram para sua inserção na cultura popular brasileira teriam o seu devido valor reconhecido. Nascia ali uma intervenção cultural que já dura sete anos – sem qualquer apoio ou patrocínio de órgãos privados – e que entre muitas atividades já homenageou sambistas da importância de Monarco, Seu Carlão, da Escola de Samba Unidos do Peruche, Seu Nenê, fundador da Escola de Samba Nenê da Vila Matilde, Mestre Feijoada, Hélio Bagunça, Denise do Peruche, entre outros mestres da Velha Guarda.

Edson e Beto: Projeto trouxe revitalização ao centro de São Paulo

Tadeu Augusto Matheus, conhecido no mundo do Samba como T-Kaçula, um dos responsáveis pelo projeto em entrevista à revista Fala Aí! declarou: “Ali naquele momento já tínhamos um ideal, de ampliar o projeto. Porque na verdade a ação era política, trazer o pessoal da Velha Guarda para ser homenageado, falar qual a história daquele cidadão, o porque ele está sendo homenageado, por conta de todas as dificuldades que ele passou, tanto financeiramente quanto familiar, profissional, étnica, racial. ”. O Projeto Rua do Samba Paulista reafirma o Samba de raiz como fundamento da cultura da população paulista que tem espelhado no ritmo suas tradições. O Samba representa uma manifestação popular de resistência cultural, em particular da população afrodescendente, na luta pela preservação de suas heranças e referências culturais, aspectos fundamentais à afirmação de sua singularidade, identidade, inserção social e construção de sua cidadania. Sua ação revela forte caráter sócio – cultural, pois sendo realizado até recentemente numa região publicamente marcada e conhecida como cracolândia, considerada região prioritária no processo de revitalização da área central da Cidade de São Paulo, o projeto transpõe os limites de uma simplória atividade de lazer, inserindo - se nesse universo como atividade política e cultural, contribuição inconfundível e única à revitalização da região.
Público feminino prestigia o projeto cultural

O Projeto Rua do Samba Paulista cresceu de forma espontânea e preenche uma lacuna cultural da Cidade de São Paulo.Outra característica do projeto é criar uma atmosfera para que músicos que estão na platéia participem das atividades, não só tocando os instrumentos, e, portanto, tendo participação direta no evento, como também fomentando a criatividade do público que através de um concurso chamado “Quem sabe faz na hora”, propõe ao publico – com um tema eleito na hora – a criação de uma letra para ser tocada na Roda de Samba. Ao longo de sua existência, amantes, pesquisadores, estudantes, apreciadores, sambistas e público em geral tiveram a oportunidade de se encontrar com músicos e compositores, com a Velha e Nova Guarda do Samba Paulista e suas tradições.

Projeto Cultural Rua do Samba Paulista: O Samba é a estrela maior do evento

domingo, 28 de março de 2010

O Rei e Eu - Musical encanta


No último sábado recebi um presente  maravilhoso: dois convites para assistir a estréia  do musical “O Rei e Eu” e gostei muito do espetáculo. A orquestra com 22 músicos somada ao figurino -  rico em detalhes - ,  a iluminação delicada e precisa que consegue imprimir dramaticidade em cada cena, impressionam e são uns dos muitos atrativos da montagem e  nos mostra o cuidado e a competência da produção. Mas o ponto alto são os atores, com destaque especial para Claudia Netto que - sem cair no estereótipo -  interpreta uma  inglesa, a educadora Anna Leonowens (26 de novembro de 1831–19 de janeiro de 1915) uma Mulher cheia de covicções e humor sutil , porém não menos inteligente. Com sua voz afinadíssima e presença brilhante de palco, Claudia canta e encanta. Tuca Andrada está bem no papel de Rei do Sião e  as crianças  mostram  grande  carisma e profissionalismo. Outros destaques são o  maestro Jamil Maluf e  Luciana Bueno, cantora lírica que interpreta a personagem Lady Thiang, uma das protagonistas. Apesar de ter sido escrito há mais de 50 anos, o tema se mostra atual  (o que é característica dos grandes textos): Um rei bárbaro e tirano contrata uma professora estrangeira para ensinar inglês aos filhos, com maestria e personalidade a educadora se torna uma referência para as crianças e leva o rei a  grandes dúvidas existenciais. O musical nos remete - entre outras muitas questões -   a refletir sobre a grande força que possui  o educador, que com preparo e ferramentas adequadas pode se tornar em um grande agente transformador.


SINOPSE

Após os premiados sucessos de público e crítica My Fair Lady e West Side Story a Takla Produções prepara a sua mais grandiosa montagem de um musical: O Rei e Eu, de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, a dupla mais genial da era de ouro do teatro musical americano, criadores de sucessos como South Pacific, A Noviça Rebelde,Carousel e Oklahoma!
O Rei e Eu conta a história do poderoso e carismático Rei do Sião, atual Tailândia, que tinha dezenas de esposas e mais de setenta filhos, e de Anna, professora inglesa contratada para ensinar inglês e um pouco da cultura ocidental aos príncipes e princesas. Charmosa e voluntariosa, Anna passa por sérias dificuldades com as diferenças entre a cultura inglesa e a oriental, mas mesmo assim impõe suas idéias e suas posições, e aprende a compreender e aceitar as cultura e as tradições siamesas, tornando-se parte desta imensa família real, com muito humor, amor, diálogos maravilhosos e um lindo clima de romance no ar, embalado por músicas deslumbrantes.
Baseado no romance original Anna e o Rei do Sião de Margareth Landon, que inspirou dois filmes, Anna e o Rei do Sião (1946, com Rex Harrisson e Irene Dunne) e Anna e o Rei (1999, com Jodie Foster), além da versão cinematografica do musical, que imortalizou Yul Brynner e foi vencedora de vários Oscar®, O Rei e Eu é um espetáculo para toda a família que conta com um elenco de mais de 60 atores, incluindo 15 crianças, 500 figurinos orientais e ocidentais e 10 cenários grandiosos.

Para os que ficaram com água na boca e não poderem assistir o musical,
 em 1999 Jodie Foster interpretou Anna no filme "Anna e o Rei".


sábado, 20 de março de 2010

Construindo o futuro

Alunos do curso de Criação e Produção Gráfica 
(Universidade Cidade de São Paulo - UNICID) 
Na apresentação da Revista Fala Aí! Projeto busca divulgar a 
cultura popular através de várias manifestações.

A herança do negro no Brasil

Com a discussão do sistema de cotas em pauta pela mídia, vale a pena pesquisar os autores que debruçaram sobre a questão do negro no Brasil. Um deles é o ensaísta Haroldo Costa,  que em entrevista ao programa "Espaço Literatuta",   fala sobre o livro Fala Crioulo - O que é ser negro no Brasil, onde organizou depoimentos de negros de vários setores. Ele comentou trabalhos anteriores sobre o assunto. 


Sobre o livro: 
Em 1982, Haroldo Costa reuniu depoimentos de nomes representativos do sangue negro, de classes sociais e culturais diversas, sobre suas expectativas e desesperanças em um país em que seus ancestrais chegaram como escravos. O resultado foi o livro Fala, crioulo, um verdadeiro ensaio sobre o tema. Quase 30 anos depois, o autor relança a obra, com novos testemunhos que enfocam a mesma questão: o que é ser negro no Brasil.





Título: Fala, Crioulo
Subtítulo: Que é Ser Negro no Brasil, O
Editora: Record
Assunto: Biografias, Diarios, Memorias & Correspondencias
ISBN: 9788501083258
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 2
Número de Páginas: 264