sábado, 10 de abril de 2010

A história das coisas

Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.



sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tragédia no Rio

A tragédia no RJ levanta a mesma questão: Quando vamos enfrentar as questões reais, os problemas de estrutura dos grandes centros? Passada a campanha do Jornal Nacional e da grande mídia, voltamos a pensar na copa do mundo e no Carnaval, até quando? Até a próxima tragédia!







sábado, 3 de abril de 2010

Conhecimento Acadêmico

A editora da Unesp, por meio do selo Cultura Acadêmica, acaba de lançar uma coleção de livros com publicação digital. Acho que vale a pena conhecer. O download é simples e seguro:
Sobre a editora
CULTURA ACADÊMICA é o segundo selo da Fundação Editora da UNESP, cujo selo central é oEDITORA UNESP, que existe desde 1987 e tornou-se marca já consagrada com um catálogo que a caracteriza como editora universitária de destaque junto ao leitor brasileiro e ibero-americano.

O segundo selo foi criado há alguns anos para auxiliar principalmente o atendimento às múltiplas demandas editoriais da Universidade Estadual Paulista - UNESP - uma universidade multicampus e com um enorme contingente de docentes, pesquisadores e pós-graduandos. Com a ampliação do número de títulos editados pelo selo CULTURA ACADÊMICA, a Fundação Editora da UNESP abre novas oportunidades de publicação num momento em que a pesquisa acadêmica e sua divulgação são cada vez mais necessárias.

Autônomo e descentralizado em relação ao selo de origem, o CULTURA ACADÊMICA presta-se a novas experimentações, abre-se a parcerias editoriais com órgãos da direção central da UNESP assim como com suas várias unidades universitárias e cursos de pós-graduação, buscando sempre a qualidade pautada nos conselhos editorias e comissões científicas responsáveis por cada um dos volumes publicados.

Assim surgiram as publicações do selo em parceria com várias Faculdades e Institutos da UNESP e, com a abertura deste sítio virtual, inaugura-se a Coleção PROPG-DIGITAL, que publica livros em primeira edição apenas nos formatos digitais, com a possibilidade de download gratuito.

Esta coleção surge em função da tradicional parceria entre a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNESP - PROPG - e a Fundação Editora da UNESP, ambas responsáveis pelo lançamento de centenas de títulos e novos autores da Universidade em outros programas editoriais com suporte em papel. Sintonizada com as tecnologias da textualidade eletrônica e também com a transmissão gratuita de conhecimento gerado nas pesquisas da universidade pública, a Coleção PROPG-DIGITAL é também a primeira experiência da Fundação com o livro digital e será importante laboratório de novas iniciativas nesta área que conquista gradualmente seu lugar no imenso universo de possibilidades da publicação e da leitura acadêmica.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Projeto Cultural - Rua do Samba Paulista

Projeto cultural reúne milhares de pessoas no centro de São Paulo

Sábado, 14h00 centro de São Paulo, uma enorme tenda é armada no Boulevard da Avenida São João, os primeiros acordes anunciam que “Já chegou a hora o samba já vai começar...”. É assim que o Samba Autêntico (ONG que realiza pesquisa, preservação e divulgação da história do Samba com o foco na Cidade de São Paulo) e a UNEGRO (União de Negros pela Igualdade) iníciam o Projeto Rua do Samba Paulista que acontece todo último sábado de cada mês. Frequentado por aproximadamente 5000 pessoas, entre elas adultos, crianças e idosos, o projeto já transformou a Rua General Osório em um pólo da cultura afrodescendente, e desde março de 2009 está sendo realizado no Boulevard da Avenida São João. “O evento destina-se ao resgate, promoção, divulgação e preservação do Samba feito em São Paulo”, conta T-Kaçula, um dos idealizadores do projeto.

Mestre Paulo e T-Kaçula: Música e Consciência na preservação do Samba Paulista

Vários momentos marcaram o surgimento do Projeto Rua do Samba Paulista - que é um exemplo de ação cultural popular e busca a valorização do Samba, ritmo musical criado pelos escravos africanos, símbolo da tradição cultural brasileira que em 2005 foi enquadrada em uma das mais modernas categorias de patrimônio histórico: A do Patrimônio Imaterial. Reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco . Em 1999 acontecia uma reunião de músicos - uma Roda de Samba - dentro da loja de instrumentos musicais “Contemporânea” na Rua General Osório. Esse evento tinha como principais características; tocar sambas consagrados e contar a história do Samba através de pesquisa do Projeto Cultural Samba Autêntico, que em 2001 em parceria com a UNEGRO realizou uma atividade no Pátio do Colégio. O evento chamado “Samba e Cidadania para todos” reuniu e homenageou sambistas da Velha Guarda. Pessoas que sofreram na época da ditadura, momento este onde o Negro que portava qualquer instrumento que remetesse ao Samba era considerado baderneiro e desocupado. Com o grande sucesso desse evento, os sambistas começaram a refletir sobre a criação de um espaço onde poderiam homenagear os mestres da Velha Guarda e debater a importância do Samba. Após reuniões e debates acalorados, definiu-se que em um sábado especifico, no dia 30 de novembro de 2002, o espaço público da Cidade de São Paulo receberia um evento popular com caráter político e sócio-cultural, onde o Samba seria a estrela maior e as pessoas que contribuíram e lutaram para sua inserção na cultura popular brasileira teriam o seu devido valor reconhecido. Nascia ali uma intervenção cultural que já dura sete anos – sem qualquer apoio ou patrocínio de órgãos privados – e que entre muitas atividades já homenageou sambistas da importância de Monarco, Seu Carlão, da Escola de Samba Unidos do Peruche, Seu Nenê, fundador da Escola de Samba Nenê da Vila Matilde, Mestre Feijoada, Hélio Bagunça, Denise do Peruche, entre outros mestres da Velha Guarda.

Edson e Beto: Projeto trouxe revitalização ao centro de São Paulo

Tadeu Augusto Matheus, conhecido no mundo do Samba como T-Kaçula, um dos responsáveis pelo projeto em entrevista à revista Fala Aí! declarou: “Ali naquele momento já tínhamos um ideal, de ampliar o projeto. Porque na verdade a ação era política, trazer o pessoal da Velha Guarda para ser homenageado, falar qual a história daquele cidadão, o porque ele está sendo homenageado, por conta de todas as dificuldades que ele passou, tanto financeiramente quanto familiar, profissional, étnica, racial. ”. O Projeto Rua do Samba Paulista reafirma o Samba de raiz como fundamento da cultura da população paulista que tem espelhado no ritmo suas tradições. O Samba representa uma manifestação popular de resistência cultural, em particular da população afrodescendente, na luta pela preservação de suas heranças e referências culturais, aspectos fundamentais à afirmação de sua singularidade, identidade, inserção social e construção de sua cidadania. Sua ação revela forte caráter sócio – cultural, pois sendo realizado até recentemente numa região publicamente marcada e conhecida como cracolândia, considerada região prioritária no processo de revitalização da área central da Cidade de São Paulo, o projeto transpõe os limites de uma simplória atividade de lazer, inserindo - se nesse universo como atividade política e cultural, contribuição inconfundível e única à revitalização da região.
Público feminino prestigia o projeto cultural

O Projeto Rua do Samba Paulista cresceu de forma espontânea e preenche uma lacuna cultural da Cidade de São Paulo.Outra característica do projeto é criar uma atmosfera para que músicos que estão na platéia participem das atividades, não só tocando os instrumentos, e, portanto, tendo participação direta no evento, como também fomentando a criatividade do público que através de um concurso chamado “Quem sabe faz na hora”, propõe ao publico – com um tema eleito na hora – a criação de uma letra para ser tocada na Roda de Samba. Ao longo de sua existência, amantes, pesquisadores, estudantes, apreciadores, sambistas e público em geral tiveram a oportunidade de se encontrar com músicos e compositores, com a Velha e Nova Guarda do Samba Paulista e suas tradições.

Projeto Cultural Rua do Samba Paulista: O Samba é a estrela maior do evento