Blog do Beto - Válvula de Inquietações
Esse pequeno espaço - quase um puxadinho - é para manter contato com os amigos e dividir opiniões sobre assuntos inquietantes.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Eduardo e Monica - Plágio Publicitário
sábado, 11 de junho de 2011
Trair e Coçar é Só Começar

O que dizer de uma peça que está à mais de 25 anos em cartaz com absoluto sucesso de publico e crítica? Seria lugar-comum mencionar que para tanto o texto deve ser ótimo e os atores excelentes? Pois não existe outra maneira de descrever à comédia “Trair e Coçar é Só Começar” sem usar os adjetivos hilariante e ótima. Escrita em 3 dias e 3 noites pelo autor, diretor e ator Marcos Caruso – muitos não ligam o nome à pessoa, mas trata-se de um dos grandes atores brasileiros. A peça já foi vista por mais de 6 milhões de pessoas em mais de 9 mil apresentações. Com texto ágil em situações corriqueiras, o espetáculo mostra o dia-a-dia de uma emprega doméstica em um condomínio classe-média. Olimpía é o fio condutor da comédia e já foi interpretada por inúmeras atrizes – entre elas Denise Fraga – atualmente Anastácia Custódio esbanja talento na pele da maliciosa e desajeitada empregada. A atriz divide o palco com um elenco afiadíssimo e brinda à platéia com um primor de interpretação.
O cinema contou a estória em 2010 com elenco global. Mas, aqui entre nós, nada se compara ao espetáculo ao vivo e o teatro carrega uma atmosfera que é capaz de tornar às estórias mais verossímeis e às experiências mais interessantes.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Fernando Pessoa – Pedras no Caminho
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “Não”!!!
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta…
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…
terça-feira, 12 de abril de 2011
A tragédia em Realengo
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A Importância da Música na Infância

Cabe a reflexão para pais e principalmente educadores, buscando inserir a música no seu planejamento, bem como criar estratégias voltadas para essa área, incentivando a criança a estudar música, seja através do canto ou da prática com um instrumento musical, isso desde a educação infantil.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Caminhos da Educação

O investimento publico em Educação chegou a 5% do PIB e é o maior registrado na história da país. Segundo palavras do próprio ministro, Fernado Haddad: “Estamos ficando alinhados com o que ocorre nos países desenvolvidos”. Haddad se refere ao padrão de investimentos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que gira em torno de 6%.
Não podemos simplesmente copiar tais modelos e esperar que os resultados apareçam. Esses modelos foram adotados há mais de 50 anos e são adaptados ano após ano. No Brasil, a escola é a instituição que menos mudou nos últimos 50 anos. Outra questão inquietante é para onde vai tanto dinheiro, sendo que nossos professores recebem um salário indigno e nossas escolas não tem estrutura? A resposta é a mesma para a maioria das mazelas do país: Corrupção. A corrupção, como em quase todas as áreas, está tão escancarada que já nos acostumamos (O mesmo exemplo serve para a violência).
O Brasil tem dimensões continentais e diferenças sociais inimagináveis nos países desenvolvidos com grande índice de Educação.O processo de excelência em Educação é extremamente longo, políticas aplicadas no campo da Educação só mostraram resultados mensuráveis após muitos anos de trabalho. Como em nosso país a sociedade não debate e muito menos cobra resultados, a corrupção acabou se tornando o destino dos investimentos. Hoje, no Brasil, até máfia de merenda existe.
A Educação é vista hoje como moeda de troca. Estuda-se simplesmente para conseguir um diploma. A Educação não é vista como um Valor – como a Família ou a Fé – estudamos para ingressar no mercado de trabalho. Talvez esteja aí à grande diferença entre nós e os países com altos índices de Educação – lá se estuda para a vida, o conhecimento é visto como um grande “Bem” que melhora as expectativas de crescimento humano.
A questão da Educação incomoda no Brasil, simplesmente não à discutimos. Não temos profissionais gestores de educação, nas escolas os diretores, em sua maioria, são indicações políticas.
Diante de tantos problemas, como podemos melhorar nossa escola hoje, com os recursos disponíveis? Um ótimo começo seria rever a condição do professor brasileiro. Precisamos pagar salários atraentes para despertar o interesse nos melhores. A criação de um plano de carreira transparente com a meritocracia como carro-chefe é uma opção que estimularia o jovem à ingressar na carreira docente. Não podemos esquecer que o processo de Educação passa pela questão dos valores: Educação começa no lar e é passado de pai para filho, como nossa população tem hoje baixo nível de escolaridade, precisamos criar uma geração com bons níveis educacionais e a partir daí começar a obter resultados – o que torna o processo longo.
Embora os caminhos para a melhora da Educação trafeguem a questão financeira, me parece não ser o dinheiro nosso maior problema. Está na constituição que toda cidadão tem direito a Educação e, sobretudo, nós pagamos para isso. Cabe a sociedade cobrar os órgãos responsáveis Educação de qualidade, se uma criança com 8 anos (com raras exceções) não sabe ler e escrever é porque há algo de errado na escola. A participação dos pais é essencial. É preciso cobrar a diretora, os professores, todos os envolvidos no processo e não se iludir com transporte e merenda. O foco na escola deve ser o ensino. Outra questão é a burocracia, na maioria dos casos diretores despendem muito tempo com questões administrativas em detrimento das pedagógicas.
A Educação é uma questão fundamental na pretensão do país de se tornar um lugar mais justo e digno e a sociedade tem papel indispensável nesse processo, sem pressão da sociedade, a Educação vai continuar sendo tratada como simples moeda de troca. Nos próximos 6 anos o Brasil vai receber grandes investimentos, é uma oportunidade para revermos os caminhos da Educação e construir um país com melhor distribuição de renda onde a população tenha acesso à Educação de qualidade.
sábado, 9 de outubro de 2010
Eleição 2010 e a falta de propostas
A polarização PT/PSDB se fez valer mais uma vez. No segundo turno teremos o embate entre tucanos e petistas, algo que vem se repetindo pelas últimas 4 eleições presidenciais, ou seja, são quase 20 anos com apenas 2 partidos no poder.
A campanha que os trouxeram até aqui se mostrou incapaz de apresentar alternativas e propostas para os próximos 4 anos. Dilma e Serra, seguindo seus gurus marketeiros, investem em questões polêmicas – o aborto parece ser a bola da vez – e as principais mazelas da população são escanteadas. O continuísmo, proposto por Dilma, destaca o desempenho favorável da economia Tupiniquim. No entanto, os erros estratégicos e o grande número de denúncias de corrupção são negligenciados, como se o atual governo fosse um exemplo de competência em todas as áreas. Sabemos que não. Serra não fica distante e se aliena em busca de votos, fazendo alianças com qualquer um que possa angariar votos à sua candidatura. O tucano, que busca repetir FHC, parece esquecer que está enfrentando uma candidata apoiada por um governo com algo em torno de 80% de aprovação. Ter uma agenda definida com propostas – contra o continuísmo – é o mínimo que se espera de um candidato de oposição. O tucano ainda não entendeu que só está no segundo turno devido à onda verde que atende pelo nome de Marina Silva, e que se realmente pretende virar o jogo nas urnas, precisa definir metas de campanha e deixar de “esconder” seu principal trunfo: o ex-presidente FHC.
Enquanto isso a imprensa brasileira grita e esperneia para quem quiser ouvir que Lula é ditador e o compara a Mussolini. O Estadão, em editorial, declarou apoio à Serra em nome da democracia e do direito de imprensa livre. O mesmo Estadão dispensou articulista por escrever coluna contando os pontos favoráveis do programa Bolsa Família. Trocando em miúdos: dependendo do lado do balcão, democracia e liberdade de imprensa são indispensáveis.
Com a campanha em pleno curso, só nos resta esperar a definição de Marina Silva – a candidata verde surge como fiel da balança. Os candidatos devem se ocupar em debater propostas de governo para o próximo mandato e deixar de lado as estratégias marketeiras que faz dessa eleição um mero concurso de popularidade.